domingo, 4 de outubro de 2009

Domingo dói. Domingo não respeita o ser humano que é só. Ele chega quando não é de sol e fica de dia e a gente dorme esperando acordar de tarde, noite pra remediar domingo.
Domingo não respeita o ser humano que é só. Até quando se está perdido, calendário vivo é um aperto no peito sem se saber domingo.
Domingo não respeita o ser humano que é só. Quando se espera, espera-se muito, ainda mais pra quem sofre de espera, são as coisas que tomam freio, adomingam.
O domingo é desrespeitoso. Porque é de fim, de natureza final, só por isso.

O domingo quando me olha nos olhos, desvio. Quando me toca os lábios, assopro. Quando me dói aos ouvidos eu surdo. Mas quando desisto, é domingo.