quinta-feira, 20 de março de 2008

Quando

Nunca, nunca, nunca.
Até as veias incharem.
Até as veias explodirem.
Até o sorriso cansar.
Até a pele manchar.
Até lavar toda a roupa.
Até o estômago arder.
Até falar sobre tudo.
Até comer sem querer.
Até engolir coisa pouca.
Até precisar do moderno.
Até se julgar necessária.
Até as unhas.
Até o silêncio ventar.
Até se encher de remédio.
Até remediar o impossível.
Até achar mesmo graça.
Até as pernas.
Até o frio quente.
Até a chaleira.
Até os favores.
Até que doa.
Até o tempo.
Até se render.
Até ser rendida.
Até que pare.
Nunca, nunca, nunca
Até.

Um comentário:

Goodbye, Sandra Dee disse...

sefodeaiAté essa saudade querer, até não me deixar ficar sem você.

Até amanhã,
Xuxu
=******

May