quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ser por não ser e querer

Sabe dessas mulheres
Sou dessas.
Eu sou dessas que fumam porque faz ser chique
Sou daquelas que se vestem pra ter atenção. Não de um, daquele, nem daquelas.
Quero a atenção alheia. Eu sou a atenção alheia.
Sabe aquelas fingidas.
As tais incoerentes que se fazem entender.
Eu sou aquela que inventa, a que cria uma mutante metamórfica sem um tostão no bolso.
Sabe aquelas generosas e as over sabe?
Sou delas!
As mulheres reacionárias. Opa! Mulher burocrática estamos aí.
Sabe, é isso, banco a putinha criteriosa.
E quem me banca?
As mulheres independentes e fantasiosas. E as que mentem sobre independência.
E as comunistas por discurso, sabe-as? Sou também dondoca capitalista
Aquelas cheias de verdades universais e transitórias.
Mulher-gato, Mulher-cachorra, Mulher-fraca, Mulher-linda, Mulher-nua, Mulher-lua.
Por trás das escamas, dentro das entranhas, junto com a lama nas veias, dentro do fedor do suor e do bolo de cérebro sou o esboço da perfeição.
Sou o mundo real de mim.
Sou essa mulher, que não sei quem ser, porque não sabes quem sou.

2 comentários:

Unknown disse...

Confesso que fiquei tentado agora...

Unknown disse...

Não me canso de ler isso, sabia?